Comunidade Feirense de Texas Hold' Em, fomenta a pratica do esporte Texas Hold'em na cidade de Feira de Santana-Ba
Comunidade Feirense de Poker
quinta-feira, 27 de maio de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
E como tudo começou ou crônica de uma descoberta
Por Ludimila de Oliveira Barros
Quando meu irmão começou a se interessar por Poker, nunca pensei que se tratava de um jogo tão interessante. Até por que a minha relação com jogos não é lá uma coisa muito positiva: odeio vídeo-game (até por que não sei manuseá-los!), não sei jogar dominó (que pra mim não passa de colar uma pedrinha cheia de pontinhos pretos iguais umas nas outras), não consigo jogar truco, não sei jogar pife e arranho, muito mal, no “buraco”, conhecido também como “jogo de canastra”. De repente, meu irmão vem com esse negócio de jogar Poker... e o comentário que fiz comigo mesmo: “onde esse menino vai arranjar grana pra jogar esse jogo de rico?” Sim, eu já estava até preocupada com algumas situações que poderia ocorrer mediante o vício que meu mano estava se apegando: apostar a casa, vender as roupas, tomar empréstimos em “instituições pessoais” não reconhecidas pelo estado (vulgo agiotas!), vender a mãe e o pior... Vender a irmã! Brincadeiras à parte, fiquei curiosa em saber como a dinâmica desse jogo funcionava. Digo “dinâmica do jogo” no sentido literal da palavra, pois de uma hora pra outra, o cotidiano do nosso lar, juntamente com os amigos que freqüentam nossa residência, começou a ser tomado por conversas e nomenclaturas que envolvia um vocabulário peculiar: blinds, small, Royal Straight Flush, Straight Flus, Full House... e o melhor de todos “ALL IN”! Era “all in” pra lá, era “all in” pra cá, era “all in” de manhã, de tarde e de noite. All In já havia se tornado até sinônimo de saudação cordial: “All in, tudo bem?” E o poker começou a fazer parte de nossas vidas! Com a idéia extraordinária de um sujeito que não tem nada melhor pra fazer da vida do que estudar as ciências sociais e viver dos subsídios “PAItrocínio” e “Obed Card – o único aceito no Lambreta”, a CFP (Comunidade Feirense de Poker) nasceu! Ainda lembro como se fosse hoje a primeira rodada do torneio: poucas pessoas, somente uma caixa/lata de fichas e gente jogando com uma cópia impressa daquilo que seria uma “síntese das principais jogadas de Poker” – retirado de um site qualquer de jogadores amadores da internet. Mas não precisava ser profissional, a idéia da Comunidade não é (necessariamente) essa! Se formos buscar o sentido sociológico, histórico, antropológico de Comunidade veremos que... que... que... que o quê? O fato é que, em torno do prazer de jogar Poker, criou-se um sentimento de solidariedade e coletividade impressionantes. Laços de amizades se fortaleceram, relações de afetividade se formaram e atitudes despretensiosas reafirmadas a cada rodada do torneio. Torneio que ganhou regras específicas dentro de uma modalidade reconhecida; que fez a CFP criar mecanismos e estruturas bem organizadas, tais como camisas para os competidores, confecção de mesas similares às profissionais, o famoso “Raid das Namoradas” – uma rifa para arrecadação de recursos para a compra de novas latas de fichas e outros materiais utilizados pela Comunidade - e a criação de um blog e um MSN para dar suporte e facilitar a comunicação entre os participantes. Muitas discussões e decisões passam pelas páginas virtuais do Blog e do site de relacionamento Orkut. A última inovação que tornou a 7ª etapa ainda mais interessante foi a utilização de um programa de computador, ligado através de cabo USB numa TV 32’ , para a divulgação do tempo de mudança dos blinds e outras minúcias desconhecidas por mim. Todos, ao mesmo tempo, podiam acompanhar o time e as mudanças dos valores sem atrasos no decorrer do jogo. Muito legal! E pelo menos uma vez por mês é assim: Luciano e Uilson providenciam as gambiarras, Matheus faz de tudo um pouco e ainda providencia a arrumação das mesas, Leandro se responsabiliza por parte da papelada de inscrições, minha mãe fica confabulando o uso do banheiro, mas mesmo assim se preocupa em fazer cafezinho, servir uns biscoitinhos e disponibilizar água para a turma. E a galera vai chegando... ajudam nos últimos retoques, os novatos reconhecem o ambiente e aos poucos vão ficando à vontade. Quanto a mim, fico observando como tudo começou, a vibração de cada jogada bem articulada, fotografando os momentos mais inesperados e os ângulos mais inusitados e, acima de tudo descobrindo e redescobrindo o prazer de dividir alegrias que não tem preço ao lado de pessoas que com o tempo aprendemos a gostar...
Taí, acho que encontrei o meu jogo! Basta agora eu aprender jogá-lo...
Nota: Ludimila Barros irmã de Matheus Barros (Presidente CFP), colaboradora, fotogrofa oficial entre outras coisas que só o tempo irá revelar. Obrigado Mila pelo seu texto, suas atitutes reproduzem mais uma vez o esperito da Comunidade Feirense de Pôquer.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
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